Em 2008 quando comecei a praticar o supino competitivo, me deparei com duas realidades completamente diferentes, ao presenciar os melhores atletas brasileiros realizarem movimentos com 300 kg e ao ver que atletas americanos realizavam levantamentos com mais de 400 kg, um exemplo claro dessa superioridade americana é o recordista mundial Ryan Kenelly com a marca de 487,5 kg enquanto nosso melhor supinador executa movimentos com 360 kg, que não deixa de ser uma excelente marca, mas o que me deixa intrigado é o porquê dessa superioridade, Você deve estar perguntando aonde esse cara quer chegar? Calma ai já já explico.
Muitos dizem que o material utilizado lá fora é melhor que os nossos, ta pode ser, mas o que explica o supino raw (sem equipamento) de Scot Mendelson com nada mais nada menos que 324 kg? Enquanto nossos melhores atletas Raw fazem pouco mais de 200 kg e a maioria dos nossos atletas com equipamento nem sequer chegam a essa marca.
Mas se isso serve de conforto para os atletas do powerlifting brasileiro, isso ocorre com a maioria das modalidades esportivas olímpicas ou não, o fato é que atletas americanos são vistos e tratados como atletas, tanto pela sociedade quanto pelos governantes, enquanto no Brasil o atleta é visto de uma forma que prefiro nem comentar.
Lá fora os atletas de ponta recebem uma atenção especial desde cedo, o pode até ficar por conta apenas do esporte podendo contar com uma alimentação de primeira, suplementos, acompanhamento medico, descanso adequado e muito mais, enquanto aqui temos que nos matar no trabalho, pois não temos apoio dos nossos governantes, e muitos atletas nem se alimentam de maneira adequada.
Ano que vem é ano olímpico, e como já é de costume fazemos nossas apostas nos atletas brasileiros que trarão medalhas no atletismo, judô, natação, ou seja, no geral, logo que os jogos se iniciam acabamos frustrados, pois não saiu como imaginávamos, não estou aqui pra esculachar com o atleta brasileiro, muito pelo contrario esse merece meu respeito e de todo o povo, pois só de estar ali nessas condições, ele já é um vencedor. Estou aqui dando minha cara à tapa a favor de uma revolução no esporte brasileiro, tanto no power que tanto amo, quanto em outras modalidades, já que estamos falando em copa do mundo de futebol no Brasil em 2014 e olimpíadas no Rio de Janeiro 2016, ta na hora de olhar para o fator principal o Atleta.
Quando o atleta brasileiro for respeitado como atleta, e não mais precisar mendigar patrocínio, as coisas vão mudar, levantaremos 500 kg, saltaremos mais alto, correremos mais rápido, chegaremos aonde ninguém jamais chegou, pois esse povo tem algo diferente dentro de si, tem um coração de guerreiro que não nos deixa desistir. Vamos nos unir e cobrar de nossos governantes o que nos é de direito, pois como eu já disse: unidos poderemos levantar o mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário